O olhar do artista. Foto de Tadeu Lubambo.1989.
Vida de artista.
Odilon Cavalcanti nasceu no Recife em 30 de julho de 1952.
Logo após seu nascimento foi levado para o Rio de Janeiro onde viveu até os 7 anos e, depois de um ano e meio de retorno à capital pernambucana, muda-se para São Paulo onde vive até sua fase adulta.
Inicia-se na arte em fins dos anos 60 participando de Salões e Coletivas como o 2o Salão do Artista Jovem no MAC/Usp – São Paulo (JAC), e Salão de Verão e Salão da Eletrobras no MAM – Rio.
Casou-se em 1974 no Recife com Malouh Gualberto, ecofotógrafa por quem se enamorou ainda quando morava em São Paulo, e com quem vive há mais de 43 anos e com quem teve três filhas que lhes deram 4 netos.
Odilon Cavalcanti estudou arquitetura mas não chegou a se formar, tendo se encaminhado para as artes gráficas desde então como forma de sobrevivência da família e seu sustento.
É dessa época seu envolvimento primeiramente como aluno e depois como parceiro e colega do artista construtivista Maurício Nogueira Lima que marcou profundamente sua formação plástica e sua visão espacial, que na época dividia um atelier com o estão estudante de arquitetura e já reconhecido artista plástico Gilberto Salvador com quem fez curso de linguagem e expressão.
Realiza suas primeiras duas individuais pelas mãos do o saudoso arquiteto e galerista, José Duarte de Aguiar. A primeira no Rio de Janeiro, com a exposição inaugural da sua Galeria e a segunda em São Paulo que teve como então marchand, Ricardo Camargo, que hoje tem sua própria e importantíssima Galeria em São Paulo.
Sua constante e inquieta procura de uma vida mais saudável que pudesse oferecer à suas filhas, Odilon Cavalcanti, nesta fase de sua vida itinerou por várias capitais brasileiras como Recife, Fortaleza e Belém, tendo realizado duas grandes exposições individuais, suas terceira e quarta mostras, e várias coletivas importantes em nesta última cidade, além de eventuais retornos à São Paulo e ao Rio de Janeiro onde realiza, agora sob a curadoria do crítico de arte russo/brasileiro Marc Bercowitz duas importantes mostras individuais na Galeria do Ibeu – Instituto Brasil/Estados Unidos, tendo recebido pela primeira delas, em fins de 1986, o prêmio de Artista do Ano, o que lhe valeu o convite para participar, no ano seguinte de individual comemorativa além de, em janeiro de 1990, da 9ª “O rosto e a obra” que Marc Bercowitz editava bienalmente em parceria com o fotógrafo Max Naumberg juntamente com artistas do porte de Beatriz Milhazes, Carlos Zílio, Sérvulo Esmeraldo, Fernando Casals, entre outros e que viria a ser a última desta importantíssima série de coletivas, dado o seu falecimento de ambos os organizadores logo após.
(continua)