A Coleção Alquímica: consciência emergente.
A Coleção Alquímica aparece nos fins dos anos 80 e início dos anos 90 do século passado, quando Odilon Cavalcanti participa de um grupo de artistas de Pernambuco que compartilham um movimento de ruptura com o figurativismo que tardiamente ainda dominava a cena artística local.
Essa procura de sua essencialidade encontra eco em sua busca por uma espiritualidade da vida e de suas manisfestações alquímicas
Nessa época ele encontra, até pelo estreitamento de sua amizade e proximidade à Francisco Brennand que lhe inspira os estudos, na alquimia uma fonte de estudos e um espelho para sua obra.
O resultado pode ser avaliado nas obras aqui apresentadas que fazem parte de uma primeira série que poderíamos chamar de Coleção Alquímica.
Esta Coleção Alquímica mais que um conjunto especifico de obras é, em realidade, um fio condutor que perpassa várias outras sérias do trabalho de Odilon, constituindo-se na realidade, quase uma pano de fundo do conjunto da obra.
Esta percepção eco nos procedimentos de preparação dos materiais que o artista prepara, na classificação das etapas alquímicas tradicionalmente classificadas por cores, na utilização de elementos químicos, compostos e substâncias catalisadoras, nos procedimentos espargíricos que estão na base da fatura da obra de arte e até nos objetivos de imantação da obra de arte pela essência que a permeia e a vivifica.