Grande Telas e grandes formatos.
“O argumento para Grande Tela, então, é uma idéia contida no texto “Framed: Innocence or Guilt?”, do crítico italiano Germano Celant, publicado na revista como um enorme rolo de pano
Arte e seu tempo “Uma palestra”. In: Leirner, Sheila. Op. cit., p. 57.
“Meio específico de enunciação crítica da arte e da cultura, a exposição de arte deve ser pensada não como um simples dispositivo de amostragem de obras, mas como uma obra em si, unidade construída numa única peça e desenrolado no tempo e no espaço”. Essa superfície, segundo ele, estendida sobre milhas e milhas, nunca aparece em mostruário, porque o que importa nos trabalhos é o ritmo completamente desenvolvido do “todo” – ambos, o quadro e o ambiente–, incluindo a seguinte progressão: pintura, moldura, parede, quarto, prédio, cidade, território, terra, universo.
Em a Grande Tela, Leirner vislumbra uma relação direta com sua concepção (romântica) de Grande Obra contemporânea ocidental, soma das ações artísticas contemporâneas, a partir da incorporação da diversidade e da noção de simultaneidade. Nesse sentido, mais do que a autoria individual, o que prevaleceria, para a curadora, era a idéia de uma criação conjunta, de uma ação humana coletiva”
Ivair Reinaldim
Com a instalação do Atelier Odilon Cavalcanti na Serra da Cantareira, o artista pode retomar o trabalho com grandes formatos, todas as obras aqui apresentadas foram realizadas lá.
Algumas destas obras foram encomendadas por colecionadores e outras permanecem em acervo.