“Rota”

Acrílica e óleo sobre linho cru.

(2007)

Odilon Cavalcanti:

Obra, vida, ateliê.

Explore o Site oficial do artista visual Odilon Cavalcanti: conheça ‘Rota’ e muitas outras obras marcantes, sua vida e sua fortuna crítica em uma visão curatorial alquímica, única!

 

 …” a minha obra é o endereço final do meu pensamento,  do meu sentimento e também da minha ação…”     

Odilon   Cavalcanti                                                                                                                                               

“…Odilon quase sempre parte do escuro para o claro, criando luz a partir dos tons azulados do cobalto e turquesa. É neste momento que começa a festa para os olhos, quando ele funde em áreas determinadas geometricamente e outras informais, os verdes os magentas, os rosas e os laranjas. Algumas vezes cobertos com sutis veladuras, onde, tênues figuras em sépia escura se organizam no espaço em composição. Determinando assim o aspecto semântico da obra.
Com isto. o trabalho do artista chega a contagiar o espectador na busca de um elemento surpresa, de repertório conhecido, que é justamente quando o trabalho se completa: obra/espectador…”

Maurício Nogueira Lima

Outubro de 1984

Texto completo na página da 1a exposição individual -“Identidade”

Coleções & Projetos:

Coleções e Projetos : a segmentação que ajuda a entender a origem  concreta da obra de Odilon Cavalcanti.

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COLEÇÔES:

Fotografia:

Painéis Cerâmicos:

Coleções: (paineis cerâmicos)assinatura cerâmica
“Assinatura do painel lua” 30x10cm 2002

 

Grandes Telas:

Coleções: Grandes telas tres formas, tres cores

“Tres formas. quatro matérias, tres cores”                                                   Acríica e pastel s/ tela 200x100cm 2013

Universo nu:

coleções: nu sofa

Suite Marseille:

 

Coleções : trajetoria sete Nu volão
“Trajetória 7” (O corpo) Pastel, acrílica s/tela 90x120cm 1994

Coleção Sul América:

Coleções (sulamérica) Hora do Almoço
“A Hora do Almoço” Acrílica e guache s/ papel 50×50 cm –1987 Foto:Tadeu Lubambo

Coleção Alquímica:

coleções : alquímica

Esculturas

Concordâncias
“Concórdia”
Fotografias impressas s/ PV
80x80x50cm
2015

Projetos:

As Exposições Coletivas, Coleções e Projetos serão apresentadas individualmente e com leitura livre da linha do tempo. Sempre comentado(a)s pessoalmente por Odilon Cavalcanti, preservando assim sua validade conceitual e histórica e às circunstâncias que muitas vezes só se tornaram visíveis ao longo de décadas e/ou olhares curatoriais de crítico(a)s e de estudioso(a)s.

É bom que se note que as coleções aqui apresentadas não necessariamente foram desenvolvidas numa linearidade temporal. Muitas vezes certos caminhos surgiam num contexto diferente e só ao longo dos anos, e às vezes décadas aquela obra encontrava seu lugar adequado na totalidade da obra, na Obra Magna, como se refere Odilon.

Exposições Coletivas, às vezes temáticas, exigiam do artista um cuidado especial, na medida que Odilon evoluía como artista dentro do cena artística, passando a participar de mostras e coleções onde a consagração e a importância da obra era o filtro adequado.

Quanto aos Projetos, que são muitos e merecem um capítulo especial no contexto geral da obra, Odilon Cavalcanti, à medida que sua produção foi se diversificando em termos de técnicas e conceito, abrindo espaço para o aparecimento de características que o auxiliaram a mostrar o sentido e o valor exato de seu trabalho: num sentido, de dentro para fora, sua obra se abre agora para uma visão cosmogênica que busca no caminho das estrelas a expressão de uma pré memória ancestral que norteia toda a sua obra e que dá sentido a estas novas manifestações, que buscam no espaço infinito nossas origens e e nosso destino oculto, como é o caso do Projeto Pegasus.

Em outro sentido, projetos de Odilon Cavalcanti nos mostram a necessidade de nos encontrarmos no outro, no Abraço, na inclusão do terceiro. No afeto possível e alcançável.

O Artista:

      Foto de Malouh Gualberto, 2005.

O artista e sua obra em seu atelier: uma semiologia aplicada.

 O artista visual Odilon Cavalcanti e sua obra são  vistos, nesta página, como significantes onde o significado é buscado no olhar do público.

O processo semiótico que então se dá, é aqui encarado como roteiro curatorial, que se presta, ao mesmo tempo, a um espelho da arte, como numa fórmula alquímica que o artista manipula porque sabe e ousa, faz e cala, “em seu atelier, longe das demandas do mercado…”, como já observava o saudoso crítico Marc Bercowitz, em 1989.

Dados Biográficos: uma História em processo.

Nesta página, o leitor interessado vai poder encontrar o acesso à informações biográficas e históricas, mas também acessar seu trabalho em cidadania, no qual Odilon, sempre com centralidade em arte, documenta o trabalho que desenvolve e/ou desenvolveu em várias instituições e que, além da satisfação e gratificação, lhe garante várias experiências importantíssimas, tanto para seu trabalho de arte quanto para o seu crescimento espiritual e pessoal e que lhe garantiu uma visão da função social da arte que o artista construiu ao longo dos últimos quase 50 anos: uma obra que finalmente pode ser apresentada inteira ao público ainda que seja vista através de uma ferramenta erguida pelo próprio artista,  a quem se credite  eventuais acertos e enganos.

O Pensamento:

O tempo, o rastro, a obra

Hoje completo sessenta e cinco anos de vida  pensando nos cinquenta de obra. Para um artista, principalmente para um pintor, para quem aproximar-se dos cinquenta anos de trabalho é considerado como tempo mínimo de maturação de uma obra, segundo alguns dos mais importantes deles. O pintor completo. É que, muito além do talento, da habilidade …

Painel Cerâmico de identificação

O Ateliê:

O Ateliê Odilon Cavalcanti é o espaço sagrado no qual o artista desenvolve a obra.

Esta página, além de algumas informações básicas, foi feita para estreitar contato direto com o público e admiradores da obra de Odilon Cavalcanti, portanto, é aqui que o artista se sente mais à vontade para receber visitas interessadas em seu trabalho, em seu convívio e seu mundo.

Nesta visita ao Ateliê, talvez possa conhecer histórias dele e de seus colegas artistas. Histórias provenientes de diversas regiões e países por onde o artista morou ou passou e, talvez, até, se encontrar com um Odilon Cavalcanti mais falante. Coisa rara… Odilon ama o silêncio e a paz, que tornam o espaço sagrado em consagrado.

Histórias de vida que Odilon Cavalcanti toma como lições, procurando aprender com o que não domina. Olhos abertos ao mundo, olhar mais autocrítico do que o crítico, por acreditar que se conhecer é a ferramenta ideal para trazer ao mundo o que lá não está e dar ar, luz, vida à matéria inanimada.

É conhecendo-se que se dá a conhecer. É se dando a conhecer que conhece o mundo. É conhecendo o mundo que se percebe no outro, o que o leva novamente para o conhecimento próprio;

Neste fogo de roda, nessa Rota que Odilon aquece o forno da obra, o seu atanor, seu vaso sagrado. Não é à toa que seu ateliê tem, como acesso, uma cozinha onde prepara seus materiais, sua química, seus pigmentos, onde prepara  a trama do suporte da nova vida que será criada sobre ele.

É por essa “cozinha”,  que o visitante tem acesso ao restante do espaço do atelier que Francisco Brennand  anteviu e descreve imaginária e magistralmente em seu texto crítico que consta do catálogo da exposição individual “O Tempo” no Ibeu – Copacabana em 1989:

O TEMPO

-Que mais vocês aprendiam lá?
-Aprendíamos MISTÉRIO, disse a tartaruga
Lewis Carrol

“Aqui, estamos diante da apoteose do homo faber, daquele que cria objetos ou quadros. Vemo-nos tentados a procurar, nessa categoria de experiência primordiais, a fonte de todos os complexos mítico-rituais em que o pintor ou artesão, divino ou semidivino, são ao mesmo tempo: arquitetos, dançarinos, músicos e feiticeiros. Cada uma dessas funções prestigiosas ressalta um aspecto diferente da grande mitologia da arte e da técnica, isto é, da posse do segredo oculto de fabricação, de construção. Fazer alguma coisa é conhecer a fórmula mágica que permite inventá-la ou fazê-la aparecer de maneira espontânea. O artesão é por este motivo um conhecedor do segredo, um mágico.

Este perfeito e minucioso comentário de Mircea Elíade não difere muito de um outro, aparentemente apressado de Whistler, “a arte acontece”.( )…Novallis costumava definir a Água como a chama molhada e a Luz como o Gênio do fogo. Ele insistia que a Luz é símbolo e agente da pureza; onde ela não tem nada a fazer, nada a unir ou nada a separar, ela passa.

Nas telas de Odilon Cavalcanti, essa mesma luz encantatória posou como uma borboleta marinha e lá ficou, para sempre. Desse assombroso encontro aparecem nas suas pinturas, sob o manso ruído das cores do mar: duas ampulhetas contendo uma espécie de irredimível areia, um astrolábio, quatro pequeníssimas bolas de cristal e também algumas esferas de tamanhos desiguais. Acrescente-se vários globos terrestres, propondo uma impossível geografia, misturando-se a enormes discos de metal, pintados de azul muito pálido e suspensos por fios invisíveis amarrados no telhado alto. Num determinado canto, uma única bússola. Nas paredes caiadas de branco, uma infinidade de relógios sem ponteiros mas cujos pêndulos oscilam no rigor das horas….

Francisco Brennand                                                                                                                                                     1989

 

Para conhecer um pouco mais como o ambiente  participa da obra de Odilon, em breve renovaremos um link para vídeo do Atelier Odilon Cavalcanti  que lhe deseja uma boa e inspiradora visita.